Como
vão meus amigos jovens e ricos ! Como falei anteriormente meu curso estava se
findando em meados desse mês, foi uma experiência positiva na qual angariei conhecimento
e fiz novas amizades. Rolou uma interação bacana entre a turma e ficamos
bastante unidos durante todo o percurso. O que propiciou essa agradável
caminhada foi sem duvida os professores que usaram de toda sua criatividade nas
aulas iniciais, aplicando várias técnicas comportamentais e dinâmicas para
aproximar a classe. Hoje percebo que isso na faculdade seria muito valido e bom
para o andamento harmônico da turma, o que faria acabar com disputas sem lógica
alguma e “panelas” impenetráveis, digna de inveja até por frequentadores da “Skull and Bones”, “Rosacruzes,
“Maçons”, Illuminati, dentre outros”.
Com o término do curso preciso entregar um
relatório pratico – um estágio – que necessariamente é feito em entidades
particulares, local em que eu irei supervisionar assim que concluir o curso e
passar no concurso interno.
Dessa forma fui a duas empresas privadas
diferentes com o intuito de cumprir com minha carga horária. Normalmente essas
empresas são permissionárias do serviço público, ou seja, tem a função de
realizar um serviço do Estado e conseguiu uma autorização para fazer às vezes
desse, trocando em miúdos exercem função pública por delegação estatal. Não é a
regra, mas normalmente esse pessoal que tem esse tipo de autorização se sente
como se funcionário público fosse e não poucas vezes tratam mal os cidadãos que
vão solicitar um serviço.
Cheguei à recepção com a carta de estágio
prático em mão e para o meu espanto (nível mil de ironia ativada) fui super bem
tratado, não sei se é pelo fato de ser eu um dos futuros fiscais daquela
empresa. Solicitei a presença do responsável pela operação que me atendeu
imediatamente e me apresentou todo o local. A carga horária necessária são 20h
divididos em dois estabelecimentos diferentes, assim esse está sendo o meu
primeiro contato.
Fiquei no corredor por alguns minutos esperando
uma funcionária do local iniciar um treinamento para os colaboradores, e eu
iria participar com olhar crítico, já que futuramente eu iria avaliar a própria
professora bem como todos ali que estavam presentes. Notei um tom de medo e
respeito inflacionado da professora com a minha pessoa. Achei até estranho,
pois normalmente não sou tratado assim. Ela me pediu educadamente que
aguardasse na sala com alguns colaboradores da empresa enquanto ia pegar alguma
coisa (imagino que seja mentira e estava se preparando melhor, pois não sabia
que eu ia participar). Fiquei na sala sentado normalmente e tinha umas 8
pessoas sendo apenas 2 homens e o resto mulher. Todos conversavam entre si e
ninguém deu bola para minha presença.
No momento em que a docente chegou ao recinto
me chamou a frente e me apresentou com todas as pompas que se deve a um chefe
de Estado. Falou que era para todos conhecerem o futuro responsável pela
excelência e avaliação deles próprios e brincou falando para tratar muito bem o
“chefe” (no caso eu). Fiquei vermelho e sem graça, mas gostei do falso poder
que detinha naquele instante.
No intervalo da aula fui beber água e se
aproximou uma mulher muito bonita que estava na sala e quis puxar papo –
detalhe que antes ninguém reparou em mim – e começou a perguntar se era difícil
passar no concurso e da admiração que tinha pela função, coisas desse tipo, não
dei muita trela.
No final da aula a professora perguntou se
todos tinham entendido o conteúdo ministrado e em uníssono ouvi um sim ecoar no
local. Focou os olhos nos meus com um tom de interrogação e implorando por um
sinal positivo que viesse ao seu encontro. Como sou estagiário e na verdade não
tenho o poder da avaliação para mim estava ok, fiz que sim com a cabeça e de
repente um sorriso transpareceu em sua face, mostrando a alegria que fora concluir
aquela etapa positivamente na presença de seu avaliador.
No final do dia me despedi do pessoal e recebi
vários elogios quanto a minha postura séria e firme, blá blá blá. Papo para massagear
o ego.
A conclusão que eu tirei com isso é que uma
bosta de pequeno poder que nós temos nesse mundão de Deus faz você ser tratado
diferente, ou melhor, como gente. É a ignorância do ser humano que tenta
diferenciar pessoas pelo simples fato do cargo ocupado que me faz desanimar
cada dia mais.
Fiquem com Deus!
Interesse meu caro Lawyer, interesse.
ResponderExcluirSem sombra de dúvida meu amigo.
ExcluirAquele seu curso de técnico administrativo era coisa do passado então, achei que era recente. Que mal lhe pergunte, passou para qual instituição? Se não quiser responder por causa do anonimato, te entendo totalmente.
ResponderExcluirEntão esse curso comecei em janeiro e acabou em março.
ExcluirSou servidor do Executivo Estadual, é o máximo que consigo falar.